segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Outro Outono

                          

Ando sem relógio e não marco o tempo,

Mas ele passa e me deixa marcas.

Cada rio da palma da minha mão vai se acentuando

E descreve assim a correnteza do meu destino.

E das minhas estranhas entranhas,

Um estridente despertador, anuncia a cada mês

O filho que ainda não chegou

E o mar que nunca me banhou.

É muito breve, cruéis ponteiros, estranguladores de horas

Poderiam ser quebrados,

Mas sinfonicamente as ondas continuam à quebrar

E alguém curiosamente à me rondar

Esperando, talvez, que eu espaço dê

Para a vida acontecer...

2 comentários:

  1. Poetisa, linda, assino embaixo de sua poesia,
    de uma delicadeza oracular, rendo-me
    ao encanto criador dessa amiga
    da alma, que eu amo,
    que eu adoraria ser.

    besitos sabor morangos silvestres

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  2. Amiga da alma!
    Que delícia que assina embaixo!
    Passe sempre nos outonos, primaveras, verões, invernos...
    Bjs

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