sábado, 20 de novembro de 2010

Um dia de Finados



Ontem bem cedo, eu saí do mundinho e fui para o mundão visitar o túmulo da minha família, onde estão sepultados os corpos de meus pais.


Contemplando toda aquela Arquitetura Funerária (não lembro de ter tido esta matéria), me peguei pensando na vida...ali... e me veio a mente este texto, lido há muito tempo. Hj, eu achei:

“Desde a idade dos seis anos eu tinha mania de desenhar a forma dos objetos. Por volta dos cinqüenta havia publicado uma infinidade de desenhos, mas tudo que produzi antes dos sessenta não deve ser levado em conta. Aos setenta e três compreendi mais ou menos a estrutura da verdadeira natureza, as plantas, as árvores, os pássaros, os peixes e os insetos. Em conseqüência, aos oitenta terei feito ainda mais progresso. Aos noventa penetrarei no mistério das coisas; aos cem, terei decididamente chegado a um grau de maravilhamento – e quando eu tiver cento e dez anos, para mim, seja um ponto ou uma linha, tudo será vivo.”
Katsushika Hokusai, sécs 18-19
Foto: Gadelha